Uma das questões básicas em
avaliações ambientais são as condições climáticas no momento em que as mesmas
serão realizadas.
A alta umidade relativa do ar é
um fator complicador na avaliação de partículas suspensas, analisar partículas suspensas
após um período de garoa, analisar o estresse térmico em dias nublados ou
frios, etc. Todos esses exemplos são relevantes e devem ser percebidos em
ocasião dos trabalhos a serem realizados.
É importante que o profissional higienista analise a previsão do tempo e das condições climáticas
do dia de sua avaliação. Existem períodos do ano onde as condições de exposição
são mais acentuadas devido as características climáticas das estações e suas
peculiaridades.
Via de regra para maioria dos
agentes, dias quentes representam um cenário de maior estresse devido a vários
fatores, como por exemplo, aumento da temperatura e variação das
características físico-químicas das substâncias, etc.
Outra questão está ligada a
fatores fisiológicos, como aumento da sudorese, fadiga muscular, vaso
dilatação, maior irritação do trato respiratório, etc.
As avaliações quantitativas de
agentes químicos são prejudicadas quando ignoradas essas variações e não
fidelizadas em relatório de avaliação ambiental e demais folhas de registros em
ocasião das coletas. É de suma importância análise do
comportamento da substância com alteração das CNTPs – Condições Normais de
Temperatura e Pressão na ocasião de sua amostragem.
Substâncias mais pesadas ou mais
leves do que ar interferem também nas nossas concepções de prevenção, pois uma
substância mais leve do que ar tende de alcançar as vias respiratórias dos
trabalhadores com maior facilidade, sendo que as demais podem se acumular em
áreas mais baixas e se concentrar, por exemplo, em ambientes de confinados ou
semiconfinados que podem ser acessados pelos trabalhadores.
Outros fatores de influência
devem ser levados em consideração como, a velocidade do ar, estrutura física
do local e setor de trabalho e, condições de sistemas de proteção coletivos ou
ausência dos mesmos, tempo de exposição do trabalhador e de amostragem.
Utilizar relatórios ambientais de
sites de internet não é uma boa referência devido as características e
particularidades dos ambientes industriais onde o trabalhador está exposto, sendo assim, essas características
e particularidades não podem ser desconsideradas e dependem da ética do
profissional para que haja critério e fidelidade na hora da amostragem.
Várias observações aqui descritas
não se aplicam apenas nas avaliações de agentes químicos, mas sim em diversos
cenários de análise de agentes físicos, como por exemplo o calor, etc.
Ter compromisso com os métodos e
boas práticas qualificam as avaliações ambientais e da credibilidade as
amostras coletadas. As questões comerciais não devem estar acima do
comportamento ético para com as empresas e com os trabalhadores que podem serem
prejudicados diretamente pela prática analítica descompromissada.
Fabio Alexandre Dias
Agradeço a Almont do Brasil pela parceria e
incentivo a pesquisa. Fato que nos motiva a continuar a compartilhar
conhecimento. Site: www.almont.com.br
Excelente matéria, sempre com temas importantes para nós profissionais e para todos os amantes da profissão. . Parabéns
ResponderExcluirObrigado Duda! Fique a vontade para sugerir novos temas! Abraço!
ExcluirComo sempre show...parabéns mestre!
ResponderExcluirObrigado Thiago!
ExcluirMuito interessante
ResponderExcluirMuito interessante
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