Prevenção e Comunicação de Risco

Sem dúvida o locus da ação dos profissionais de saúde e segurança no trabalho.

Gerenciamento de Riscos

Fundamental para a redução de perdas.

Saúde e Segurança

Conectadas em prol de nossos trabalhadores.

Higiene Ocupacional e Toxicologia

Ciências unidas na qualificação e quantificação de agentes ambientais.

Parâmetros Regulatórios e de Controle

A dinâmica do trabalho exige uma constante validação dos processos e análise das tarefas.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Fumos Metálicos


 Uma das principais e mais comuns fontes geradoras de risco relacionada a exposição ocupacional a fumos metálicos é o processo de soldagem elétrica. Ocorre um processo de fusão de materiais por calor gerado através de um arco elétrico entre o material a ser soldado com o material fundente do eletrodo.

 No processo, desprende-se todo material que compõe o eletrodo e o material fundente que se liquefaz pela fusão que instantaneamente se solidifica gerando partículas minúsculas que ficam em suspensão no ar. Outra questão que envolve este processo são os gases de proteção gerados para evitar a entrada de oxigênio na solda para evitar bolhas e fissuras.

Fonte: http://www.esab.com.br/br/pt/education/blog/processo_soldagem_eletrodo_revestido_mma_smaw.cfm

  A questão, do ponto de vista ocupacional, é que todos estes componentes oferecem em certas concentrações riscos à saúde dos trabalhadores. Serralherias são tão comuns como marcenarias nos bairros da cidade de São Paulo e o que percebemos são espaços pequenos sem exaustão e com baixo pé direito. Sendo assim, existe uma concentração de fumos metálicos que requer atenção dentro da rotina diária. A maioria destes profissionais são autônomos e, às vezes, não tem o mínimo de instrução e orientação sobre os riscos de seu ofício.  Porém, este risco não se resume apenas a soldagem elétricas, mas aplica-se também a fundições, processo de extrusão metálica, etc.

  Para uma correta ação de controle deve-se quantificar as partículas em suspensão para um dimensionamento adequado de sistemas exaustores localizados com real capacidade de exaurir de maneira eficaz os contaminantes existentes o ar.

  O que avaliar? Depende dos materiais e características dos metais envolvidos com o processo fundente e demais substancias que componham o processo como, por exemplo, pastas de solda em processo de solda a estanho. Veja um ótimo material da Elbras que pode dar dimensão as orientações sobre a necessidade de se estudar os processos fundentes e o que devemos saber quando praticamos a ARAC em: http://www.elbras.com.br/downloads/apresentacaoii.pdf .

  Qualificar os riscos é tão importante quanto quantifica-los, não basta apenas realizar medições se não sabemos o que deve ser medido. No Brasil, ainda não existe uma cultura de implementação do PPR – Programa de Proteção Respiratória e nem uma correta abordagem das exposições e medidas de controle propostas em PPRAs – Programas de Proteção de Riscos Ambientais.

  Um respirador purificador de ar, descartável, tipo peça semi-facial, classe PFF2 seria recomendado para uma proteção inicial até que as avaliações ambientais sejam realizadas, porém, cada caso é um caso, e um profissional especializado deve ser consultado para tal especificação.

Fabio Alexandre Dias 15/12/2016