Prevenção e Comunicação de Risco

Sem dúvida o locus da ação dos profissionais de saúde e segurança no trabalho.

Gerenciamento de Riscos

Fundamental para a redução de perdas.

Saúde e Segurança

Conectadas em prol de nossos trabalhadores.

Higiene Ocupacional e Toxicologia

Ciências unidas na qualificação e quantificação de agentes ambientais.

Parâmetros Regulatórios e de Controle

A dinâmica do trabalho exige uma constante validação dos processos e análise das tarefas.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Condições Climáticas e as Avaliações dos Agentes Ambientais


Uma das questões básicas em avaliações ambientais são as condições climáticas no momento em que as mesmas serão realizadas.

A alta umidade relativa do ar é um fator complicador na avaliação de partículas suspensas, analisar partículas suspensas após um período de garoa, analisar o estresse térmico em dias nublados ou frios, etc. Todos esses exemplos são relevantes e devem ser percebidos em ocasião dos trabalhos a serem realizados.

É importante que o profissional higienista analise a previsão do tempo e das condições climáticas do dia de sua avaliação. Existem períodos do ano onde as condições de exposição são mais acentuadas devido as características climáticas das estações e suas peculiaridades.

Via de regra para maioria dos agentes, dias quentes representam um cenário de maior estresse devido a vários fatores, como por exemplo, aumento da temperatura e variação das características físico-químicas das substâncias, etc.

Outra questão está ligada a fatores fisiológicos, como aumento da sudorese, fadiga muscular, vaso dilatação, maior irritação do trato respiratório, etc.

As avaliações quantitativas de agentes químicos são prejudicadas quando ignoradas essas variações e não fidelizadas em relatório de avaliação ambiental e demais folhas de registros em ocasião das coletas. É de suma importância análise do comportamento da substância com alteração das CNTPs – Condições Normais de Temperatura e Pressão na ocasião de sua amostragem.

Substâncias mais pesadas ou mais leves do que ar interferem também nas nossas concepções de prevenção, pois uma substância mais leve do que ar tende de alcançar as vias respiratórias dos trabalhadores com maior facilidade, sendo que as demais podem se acumular em áreas mais baixas e se concentrar, por exemplo, em ambientes de confinados ou semiconfinados que podem ser acessados pelos trabalhadores.

Outros fatores de influência devem ser levados em consideração como, a velocidade do ar, estrutura física do local e setor de trabalho e, condições de sistemas de proteção coletivos ou ausência dos mesmos, tempo de exposição do trabalhador e de amostragem.

Utilizar relatórios ambientais de sites de internet não é uma boa referência devido as características e particularidades dos ambientes industriais onde o trabalhador está exposto, sendo assim, essas características e particularidades não podem ser desconsideradas e dependem da ética do profissional para que haja critério e fidelidade na hora da amostragem.

Várias observações aqui descritas não se aplicam apenas nas avaliações de agentes químicos, mas sim em diversos cenários de análise de agentes físicos, como por exemplo o calor, etc.

Ter compromisso com os métodos e boas práticas qualificam as avaliações ambientais e da credibilidade as amostras coletadas. As questões comerciais não devem estar acima do comportamento ético para com as empresas e com os trabalhadores que podem serem prejudicados diretamente pela prática analítica descompromissada.

Fabio Alexandre Dias

 Agradeço a Almont do Brasil pela parceria e incentivo a pesquisa. Fato que nos motiva a continuar a compartilhar conhecimento. Site: www.almont.com.br