Um aspecto importante quando falamos sobre polímeros na área de Higiene, Segurança
e Saúde Ocupacional é a sua termodegradação, gerando subprodutos desta
transformação que, quando não percebidos expões os trabalhadores a riscos que
podem impactar consideravelmente a salubridade dos ambientes e consequentemente
a saúde dos trabalhadores.
Quando, por exemplo, observações
processos como extrusão de plásticos, conformação de silicones por processos de
aquecimento, fusão de borrachas por processos térmicos, enfim uma diversidade de
processos temos a liberação de subprodutos por termodegradação se propagando no
ar em forma de fumos e/ vapores. Quando esses processos saem de controle temos sua
propagação na forma de fumaça onde mediante a variação de sua composição
original podemos ter diversas reações emissões, como por exemplo o monóxido de
carbono e o gás cianídrico.
Temos uma diversidade de
produtos que contém polímeros em suas estruturas como espumas de preenchimento
de sofás, para isolamento acústico, recipientes de isopor, além de equipamentos
e produtos que contém PVC – Policloreto de Vinila, o qual libera em sua queima
ácido clorídrico, tendo esse efeito irritante ao sistema biológico.
Uma série de fatores
podem gerar influência na magnitude do risco gerado pela termodegradação de
polímeros, como a umidade relativa do ar, a existência de outras substâncias
que podem gerar efeitos sinérgicos potencializando a os efeitos adversos ao
organismo, a temperatura em que o polímero está se degradando, características
dos ambientes, etc.
Nos mais variados
cenários, encontraremos os mais variados tamanhos de partículas que em suas
frações inaláveis, torácicas e respiráveis podendo atingir desde o trato
respiratório primário como um irritante até aos alvéolos pulmonares, sendo que
alguns como fumaças contendo monóxido de carbono entrarem na corrente sanguínea
gerando a carboxihemoglobina podendo gerar intoxicações graves. Sua ação tóxica,
por exemplo, é o resultado de uma forte ligação química que o CO estabelece com
os átomos de ferro da fração heme da hemoglobina formando a carboxihemoglobina,
está biotransformação gera um pigmento anormal no sangue incapaz de transportar
o oxigênio.
Todos os polímeros que contém
nitrogênio em sua composição em ocasião de sua termodegradação ou em momentos
onde entram em combustão geram o cianeto de hidrogênio, óxidos nitrosos, como o
dióxido de nitrogênio, etc. Alguns exemplos de desta ocorrência estão
presentes principalmente em queimas incompletas, onde destacamos os náilons e
os poliuretanos.
A “família” BTX – Benzeno,
Xileno e Tolueno, pode ser encontrada em algumas circunstâncias.
Estas constatações servem
de alerta no momento em que vamos realizar um levantamento de riscos em
processos produtivos envolvendo polímeros ou resinados. Existe a necessidade de
estudo e análise constante das substâncias e de seus subprodutos por parte do
Higienista Ocupacional, uma vez que, nossa ação, não se resume em apenas medir
algo, mas dar significado e sentido ao que se mede, o que se quantifica!
Os aspectos metodológicos
são importantes para investigação da existência de substâncias nocivas no
ambiente de trabalho, porém é fundamental que os profissionais estudem os processos
e comportamentos das substâncias nos ambientes de trabalho.
Isso exige do
profissional o desejo de ir além do se apresenta de maneira trivial, de modo
que o profissional de higiene ocupacional se desafie a perceber as variáveis
ambientais e comportamento das substâncias em análise.
Fabio
Alexandre Dias
Agradeço a Almont do Brasil pela parceria e
incentivo a pesquisa. Fato que nos motiva a continuar a compartilhar
conhecimento. Site: www.almont.com.br