Segundo estudos realizados nos Estados Unidos
pela EPA - US Environmental Protection Agency o clima da Terra está mudando e cada vez mais
as temperaturas tem se elevado (fig.1), consequentemente a exposição
ocupacional tem se acentuado através da análise e inter-relação entre o
trabalho a céu aberto e o meio ambiente.
Segundo o INCA- Instituto Nacional de
Câncer, no Brasil o Câncer mais frequente é o de pele, correspondendo a
cerca de 25% de todos os tumores diagnosticados em todas as regiões
geográficas, sendo a radiação ultravioleta natural (vinda do sol) seu maior
agente etiológico.
As
radiações solares são classificadas pelo comprimento de onda ultravioleta em
nanômetros (nm) da seguinte forma: UVA (320-400 nm), UVB (280-320
nm), UVC (100 - 280 nm) aproximadamente, em que a exposição a radiação UVB é mais frequentes devido a
destruição da camada de ozônio.
No Brasil, a NR –15 — Anexo Nº 3, estabelece
limites de exposição para o calor para trabalhos realizados em ambientes
externos com carga solar e a NR - 21, estabelece condições mínimas para a
realização de trabalhos a céu aberto
A OMS - Organização Mundial de Saúde classifica
o índice radiação ultravioleta de 1 a 11 subdivido conforme eixo das ordenadas
e cores no gráfico abaixo, onde adotamos como exemplo de aplicação a Cidade de São Paulo, o mesmo também faz relação
em função do tempo e dos aspectos meteorológicos.
Apropriar-se destas informações, torna-se
extremamente relevante se pensarmos nas ações preventivas e nos referenciais
para o planejamento e tomada de decisão nas ações de saúde e segurança no
trabalho.
Atualmente
no mercado brasileiro existe uma série de fabricantes de cremes para proteção
da pela contra as radiações ultravioletas que auxiliam consideravelmente na
redução da exposição ocupacional de nossos trabalhadores. Um fator agravante,
na maioria das vezes, é a falta de planejamento e previsão orçamentária para o
fornecimento desta proteção aos trabalhadores, infelizmente esta situação
ocorre em muitas empresas
Na escolha do creme de proteção, deve ser
considerado o FPS - Fator de Proteção Solar, que supra a
necessidade do trabalhador exposto, sendo o Técnico de Segurança do Trabalho,
membro ativo dentro das equipes multidisciplinares no fomento das discussões
técnicas para tomada de decisão, uma vez que grande parte dos trabalhadores não
detém a informação sobre sua própria condição de exposição ocupacional na
realização das mais variadas tarefas.
Algumas
questões básicas a serem respondidas para o planejamento orçamentário e
fornecimento de creme protetor para o trabalhador:
1. Quantos trabalhadores
terei em cada frente de trabalho?
2. Em qual período do
dia acontecerão atividades a céu aberto? E qual é o FPS recomendado?
3. Qual será o tempo
previsto para desenvolvimento da tarefa (dias, meses ou anos)?
4. Qual o custo do creme
de proteção e sua relação custo x benefício? ...
Outro fator importantíssimo é a realização de
treinamento e capacitação do trabalhador. Embora pareça simples, a aplicação de
cremes protetores sobre a pele demandam cuidados importantes para que esta
ocorra de forma efetiva e não ocorra desperdício.
Lembrando sempre que toda ação educativa
também deve ser registrada, pois as Empresas que cumprem as leis e agem na
direção da melhoria da qualidade de vida no trabalho, devem possuir documentos
comprobatórios de suas ações.
Por.: Fabio Alexandre Dias
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