domingo, 2 de julho de 2017

Emissões Fugitivas

As emissões fugitivas estão mais próximas de nós do que imaginamos! Todos os dias milhares de veículos emitem substâncias químicas oriundas dos processos de queima de combustíveis de seus motores na atmosfera (fontes de emissões móveis). Outra emissão comum em escalas menores são as decorrentes dos processos de abastecimento de tanques de combustíveis em postos de gasolina (fontes de emissões fixas, assim como as industriais). Porém, estas emissões ocorrem em maior escala nos mais variados processos industriais.

Nas fontes de emissões fixas, podemos sub classificá-las em fontes de emissões pontuais, que podemos explicar como as que possuem seu fluxo controlado e são conhecidas por fazerem parte dos processos produtivos, como por exemplo: chaminés, dutos de condução e ventiladores. Outras classificamos como fontes de emissões difusas e/ou fugitivas onde as emissões ocorrem sem controle e gerenciamento direto e conhecido como as fixas.

Nos processos industriais são comuns ocorrerem em válvulas, registros e em abertura de recipientes contendo COVs – Compostos Orgânicos Voláteis sendo locais de emissão de VO – Vapores Orgânicos, em sua maioria, por substâncias derivadas de petróleo.
Sendo assim, faz-se necessário o monitoramento destas fontes do modo sistêmico devido aos riscos relacionados, dentre eles: perda de matéria prima, aumento probabilidade de ocorrência de sinistros (perdas materiais), aumento da probabilidade da ocorrência de acidentes do trabalho, impactos ambientais (aumento da poluição atmosférica, plumas de contaminantes na planta e no entorno das instalações, etc.).

Um dos métodos para gerenciamento dos vapores orgânicos é o da EPA – Environmental Protection Agency, mais conhecido como EPA M21 VOC - Volatile Organic Compound Leaks, disponível para download em: https://www.epa.gov/emc/method-21-volatile-organic-compound-leaks.

No Brasil, o controle de emissões de fontes fixas está normalizado pela CETESB através do PMEA/RMEA desde março de 2005, através do “ Termo de Referência para Elaboração do Plano de Monitoramento de Emissões Atmosféricas (PMEA)”, disponível para download em: file:///C:/Users/Fabio/Downloads/pmea%20(2).pdf.

Emissões fugitivas em plantas industriais possuem relação direta com a área de segurança e saúde ocupacional, exigindo ações conjuntas e multidisciplinares devido a amplitude dos problemas que acarretam e a extensão das áreas técnicas operacionais envolvidas.

No mercado existem monitores de análise pontual, além dos de pontos fixos que auxiliam na gestão do risco em plantas de processo. As frequências do monitoramento devem ter referência no fluxo operacional e de modo rigoroso nas fontes geradoras identificadas e a frequência da apresentação dos dados levantados deve ser acordada com o órgão licenciador.

Por Fabio Alexandre Dias



2 comentários:

  1. Muito bom este artigo, pesquisei sobre o assunto em muitos portifólio s e não encontrei...obrigado por nos presentear com seu conhecimento!aproveitem pessoal!!!

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    1. Eu que agradeço! Fique a vontade para sugerir temas e demais discussões sobre a nossa área!

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